quinta-feira, 26 de maio de 2011

Adoçante : mocinho ou vilão da saúde?

Há muito tempo vem sendo difundida a ideia de que adoçantes têm ligação com uma vida mais saudável.Os adoçantes foram criados para auxiliar as pessoas diabéticas a controlar o nível de açúcar no sangue e ajudar no tratamento de pessoas obesas .Mas a mídia divulga o adoçante como um produto irrestrito, podendo ser consumido por qualquer pessoa, em qualquer situação. Hoje é cada vez maior o número de pessoas que consomem adoçantes em geral em grandes quantidades, sem necessidade e sem nem mesmo imaginar a possibilidade de causar algum dano a  seu corpo. Mas será que ele realmente faz bem à saúde?


Os adoçantes podem ser classificados como naturais ou sintéticos, nutritivos ou não-nutritivos. A função principal dos adoçantes é adoçar os alimentos com a mesma potência e sabor do açúcar comum, porém em uma quantidade de consumo bem menor.
Mas, para entender como eles funcionam no organismo, é preciso conhecê-los um pouco melhor. Veja suas principais vantagens e desvantagens:

Sacarina: 

É um dos adoçantes mais antigos e foi o primeiro adoçante sintético  a ser descoberto.É derivado do petróleo. Adoça até 500 vezes mais que o açúcar e não é metabolizado pelo organismo. Deixa um sabor amargo quando é usado  em grandes quantidades.Houve um tempo em que seu rótulo possuía avisos de risco cancerígeno, mas em 1986, pesquisas científicas comprovaram a sua segurança para a saúde. É de fácil solubilidade e estável em altas temperaturas. É muito utilizado pelo setor de produção de alimentos industrializados. Seu uso é permitido em mais de 100 países, mas está proibido no Canadá. Não é recomendado para hipertensos. 
   
Dose diária recomendada: 175mg ( menos de um sachê de 0,8g).


Ciclamato:

É um adoçante artificial muito usado pelo setor alimentício e também é  derivado do petróleo.São encontrados pricipalmente em bebidas dietéticas, geléias e como adoçantes de mesa. Possui sabor semelhante ao do açúcar, sendo 30 vezes mais doce que ele, mas ainda assim com um leve gosto amargo. Não é metabolizado pelo organismo. Não perde a doçura quando submetido a temperaturas extremasNão é vendido nos EUA, Inglaterra, França e Japão, mas é permitido em outros 50 países.

Dose diária recomendada:  770mg ( um sachê de 0,8g).

Aspartame: 

Possui sabor semelhante ao açúcar branco, mas adoça 300 vezes mais, permitindo o uso de pequenas quantidades. Não é metabolizado pelo organismo. É  muito utilizado pela indústria alimentícia, principalmente nos refrigerantes diet.. O aspartame é muito sensível ao calor e perde o seu poder adoçante em altas temperaturas. Pode deflagrar crises de enxaqueca. Seu uso é contra-indicado para portadores de fenilcetonúria, uma doença genética rara  em que o organismo não consegue metabolizar fenilalanina, gestantes e lactentes.

Dose diária recomendada: 2,8g (aproximadamente 4 sachês de 0,8g).


Sucralose: 

É um adoçante sintético que adoça 600 vezes  mais que o açúcar e possui sabor agradável. Não é calórico  e, assim como os outros, ele também não é metabolizado pelo organismo. Além disso, não produz cáries, pois reduz a produção dos ácidos responsáveis pela sua formação. Pode ser usado como adoçante de mesa, em formulações secas (como refrescos e sobremesas instantâneas), em aromatizantes, conservantes, temperos, molhos prontos e compotas. Possui a vantagem de ser estável a altas e baixas temperaturas e resiste a longos períodos de armazenamento. Por ser o adoçante mais recente, os riscos à saúde  ainda são pouco conhecidos.

Dose diária recomendada: 1g  (pouco mais de um sachê de 0,8g).


Stevia: 

É um adoçante natural, produzido através da Stevia rebaudiana, planta originária da América do Sul,e é rica em glicosídeos de alto poder adoçante, 300 vezes maior à sacarose. Pode ser consumido por qualquer pessoa sem contra-indicações, não produz cáries e não é calórico, tóxico, fermentável ou metabolizado pelo organismo. Assim como a sacarina, o ciclamato e a sucralose, ele também apresenta boa estabilidade em altas ou baixas temperaturas. O produto já foi proibido nos EUA; hoje é vendido com restrições. É o adoçante mais usado no Japão.
 
Dose diária recomendada: 385mg (menos de um sachê de 0,8g).


Vale lembrar que a maioria dos médicos não o recomenda por já estarem presentes em outros alimentos e estarem associados ao sódio,um dos maiores vilões da hipertensão. Pessoas hipertensas devem procurar controlar o nível de sódio na alimentação, assim como quem possui problemas renais. Adoçantes como o ciclamato ou a sacarina, por exemplo, possuem altos níveis de sódio.

 Fica a dica: Se você usa adoçante, respeite os limites de consumo. Se não o consome, mas quer perder os quilinhos a mais, procure saber se pode ou não.  Para saber qual o tipo certo de adoçante para você, o ideal é procurar um médico e conhecer suas restrições e necessidades, e ler com atenção os rótulos dos produtos disponíveis no mercado.







Fontes:
http://www.minhavida.com.br/conteudo/2250-Adocantes-engordam-ou-emagrecem.htm
http://www.unesp.br/aci_ses/revista_unespciencia/acervo/01/quem-diria

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